Ganhe o que quiser

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Ando meio preocupado com os custos de serviços e produtos. É certo que a nossa sociedade econômica veio elevando os preços a ​fim de obter maior lucro durante algum tempo, porém, juntamente com esse movimento ascendente, os custos de toda a cadeia acompanharam essa elevação; um exemplo disso é o transporte, a alimentação e alguns custos fixos como água, luz, etc.

Entendo que alguns preços elevados deveriam servir como inibidores da inflação, ou seja, uma vez caros, somos obrigados a economizar, mas não é isso que acontece na prática. Quanto mais se elevam os impostos e os custos das oligarquias, mais as empresas são obrigadas a repassar esses aumentos para os consumidores.

Diante desse quadro, percebo uma realidade que se aproxima muito rápido: logo a sociedade perderá seu poder de compra. As empresas, na tentativa infinita de baixar seus custos, serão obrigadas a demitir seus colaboradores, e estes, uma vez sem emprego, não consumirão, dando início a um ciclo vicioso, pois, se não houver consumidor para seus produtos, as empresas não terão por que crescer e empregar. Daí, novamente, uma carga maior de impostos assolará o mercado, na intenção de custear a máquina pública.

Enfim, custo baixo gera valor baixo e, seguindo esta regra, o mercado passa a oferecer produtos de qualidade questionável, provocando mais inibição de consumo. Esse fenômeno acontece em todos os setores da indústria, seja em produtos ou serviços, atingindo toda a sociedade. É uma questão de tempo para que a economia não seja mais sustentável. Façam as contas!

 Marco Fraga – C&M Propaganda

06 de fevereiro de 2015.

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Há 70 anos, em Saint Ann, interior da Jamaica, nascia Robert Nesta Marley. Cantor e compositor responsável pela difusão do reggae no mundo.

As músicas e a história dele, a maioria das pessoas já sabem. O que poucos sabem é que, a publicidade e a propaganda estiveram mais presentes na vida e carreira dele do que se pode imaginar.

 

Bob, como foi apelidado futuramente, já era apaixonado por música desde pequeno e costumava ouvir R&B através de um mini rádio transistorizado. Entretanto, o sinal era horrível e, na maioria das vezes, a alternativa eram os Sound Systems.

 

Os Sound Systems eram uma espécie de balada ao ar livre. Numa década de 50, extremamente miserável, empreendedores das favelas de Kingston, que tinham alguma economia armazenada, investiam em furgões com aparelhagem e colocavam os jovens para dançar ao som de R&B.

Nada disso era por bondade, mas um simples modo de ganhar dinheiro reunindo muita gente e vendendo comida e bebidas alcoólicas. Iniciavam-se as AÇÕES PROMOCIONAIS na Jamaica.

 

Todavia, no início dos anos 60, o R&B começou a decair nos EUA, e se tornou difícil encontrar discos para compra. Logo, os donos dos Sound Systems tiveram de se adaptar ao mercado.

A alternativa foi investir em bandas locais. Surgiam assim os primeiros produtores, tais como Coxsone Dodd e Leslie Kong.

 

Em 1962, a Jamaica deixa de ser uma colônia britânica. Em paralelo à isso, vem surgindo um novo estilo musical, o SKA. Estilo esse, que tinha em sua base a música jamaicana, com influência do R&B e das Big Bands.

Logo, como era necessário algo que levantasse a moral do povo, agora independente, nada melhor que o lazer fosse algo da sua própria terra. A publicidade através do orgulho.

 

Já na segunda metade dos anos 60, após se casar e passar alguns meses morando nos Estados Unidos, Marley retorna à Jamaica e, com a difusão do movimento rastafári, ele e os demais integrantes da “Wailling Wailers”, banda que haviam formado em 63 com um nome e público alvo definidos (wail = lamentar, composições voltadas para os “rude boys, ou seja, os delinquentes do gueto), sem medo de perder a identidade, alteram o nome da banda para “The Wailers”.

 

No início dos anos 70, os Wailers foram à Europa para gravar a trilha sonora de um filme sueco. Entretanto, não deu certo. O filme e a trilha foram um fracasso.

Se viram sem dinheiro na Europa e, mais uma vez, o espírito empreendedor de Bob o levou a procura de Chris Blackwell, dono da Island Records.

Chris, produtor e publicitário nato, conhecendo a fama da banda, aceitou financiá-los e, após alguns meses, o primeiro álbum estava pronto.

 

Marley até sabia fazer música, porém Chris sabia vendê-la, e como não teriam mais que vender para a Jamaica, mas para Europa e Estados Unidos, foram incluídos algumas guitarras e teclados ingleses.

Bob ficou famoso. Tanto na Europa, como nos Estados Unidos. Já na Jamaica, se tornou um mito, fato este, devido às suas músicas que pregavam os conceitos do Rastafári e, a morte do imperador etíope Haile Selassie, considerado pelos rastas como a representação de Deus na Terra.

 

Em 1976, Marley se dirige à Jamaica para um show em prol da paz, visto que o país passava por uma guerra civil. Entretanto, por motivos políticos, dois dias antes do show, a casa de Bob foi invadida por opositores e Bob levou um tiro de raspão na cabeça. Mesmo assim, Marley compareceu ao show e, quando questionado sobre o comparecimento, respondeu: “As pessoas que estão a tentar destruir o mundo não tiram um dia de folga. Como posso eu tirar, se estou a fazer o bem?”. Surge o primeiro SLOGAN de Bob.

 

Infelizmente, no auge de sua fama, Bob é diagnosticado com Melanoma Maligno, fruto de uma infecção no pé. Quando os médicos aconselharam a amputar o dedo, que havia infeccionado numa partida de futebol, Bob recusou. Afinal, era um dos maiores publicitários da filosofia rasta, como poderia profanar seu corpo, considerado templo do ensinamento rasta?

Em maio de 1981, faleceu. Porém, continuou sua publicidade de forma póstuma, com o lançamento de “Buffalo Soldier” e “ron Lion Zion”.

 

A C&M deseja feliz aniversário ao homem que influenciou milhões pelo mundo todo, incluindo cantores como Eric Clapton, Paul McCartney e Mick Jagger. Parabéns Bob. Cantor, guitarrista, compositor e, como a maioria dos homens de visão, publicitário.

 

Abiezer Lopes  – C&M Propaganda

A NFL, o Super Bowl e os poderosos anunciantes

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2014 foi um ano diferente para a NFL (National Football League) nos Estados Unidos.

Se tratando de branding, a mais poderosa liga dos esportes americanos vinha de anos extremamente sólidos, até que bombas e escândalos envolvendo personagens conhecidos do esporte começaram a estourar em 2014. Casos de violência doméstica e outros problemas de jogadores com a justiça abalaram as estruturas da marca, que parecia estar perdendo força no começo da temporada.

Essa desvalorização poderia, e deveria acontecer com qualquer marca, mas estamos falando da maior liga, do maior esporte dos Estados Unidos. Uma marca que soube, com o passar dos anos, atrair torcedores e fazer do futebol americano algo que faz parte do estilo de vida americano. Aqui está a importância de se criar e consolidar um grande nome e uma grande marca.

A habilidade para criar novos produtos e tornar o esporte cada vez mais atrativo é notável por parte da NFL. A criação dos produtos Thursday, Monday e Sunday Night Football foram sacadas de gênios: pegaram o campeonato, dividiram em partes, venderam cada uma delas por um preço altíssimo, e a cada fim de temporada conseguem mostrar a seus compradores, que o investimento valeu a pena.

Mas não dá para falar da força da marca NFL sem falar do Super Bowl e do famoso “Halftime Show”. Nada de esquemas táticos, replays de jogadas e essas coisas que estamos acostumados por aqui. O intervalo do SuperBowl é composto por um show e ações de marcas poderosas. Este ano, a Pepsi encabeça mais uma vez a lista de marcas que investiram pesado no evento, que terá como atração musical a cantora pop Katy Perry.

Quando uma marca é forte, acaba ficando mais fácil atrair patrocinadores e marcas interessadas em investir sua verba, mas no caso da NFL, não só desperta interesse daqueles que querem patrocinar, como desperta também o interesse do concorrente daquele que quer patrocinar. O maior patrocinador do Super Bowl XLVII (o de 2012) foi a Pepsi, que fez ações durante todo o jogo e no intervalo principal. A maior concorrente e líder de mercado, a toda poderosa Coca-Cola, não quis ficar apenas assistindo e criou um site chamado CokePolarBowl.com. O site era apenas uma página com um vídeo em 3D, de 2 ursos sentados no gelo, comendo pipoca e bebendo o refrigerante, como se tivessem assistindo ao jogo. Todas as vezes que passava algo da Pepsi durante a transmissão real, os ursos fechavam os olhos, faziam cara feia ou até saiam da frente da TV.

Para 2015, a NFL teve mais dificuldades para encontrar patrocinadores. Algumas das gigantes marcas que antes compravam cotas para veicular, este ano preferiram ficar de fora, mas ainda assim, a NFL se mostrou grande, conseguiu vender toda a cota e se manter firme como uma grande aposta para as empresas anunciarem suas marcas e produtos. Aqui não se trata do retorno que essas empresas poderão ter após aparecerem nos comerciais, mas sim de estar sendo vista no horário com maior audiência dos EUA, em um momento onde todos – por tradição – fazem o que normalmente não gostam de fazer: prestar atenção nos anúncios e anunciantes.

Resumindo, mesmo que você não goste de futebol americano, mas tenha uma empresa, trabalhe com marketing ou queira entender mais sobre como funciona essa máquina de gerar dinheiro e negócios, recomendo o Super Bowl XLIX. Hoje, no Brasil, não é um problema encontrar maneiras de assistir: a ESPN transmitirá ao vivo, com equipe dentro do estádio e tudo, além de transmitir também em salas de cinemas espalhadas por todo o Brasil. Isso tudo é resultado de um crescimento de 800% que a emissora teve na audiência esse ano.

Repare que as marcas NFL e Super Bowl são tão fortes, que em momento algum falei sobre os times que disputarão a final. Seattle Seahawks e New England Patriots não parecem importantes quando as maiores marcas do mundo estão em plena batalha nos comerciais.

Jaderson Cassiano – C&M Propaganda

“Ah, tira outra?”

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Acho que todo fotógrafo já deve ter se deparado com a expressão de susto de um cliente ao ver o preço de seu serviço. “Nossa, tudo isso? Hoje em dia nem precisa de fotógrafo, todo mundo tem um celular no bolso”, ou o clássico “mas você ganha tudo isso só pra apertar um botão?”.

Não, eles não apenas apertam um botão, eles estudaram, aprenderam conceitos e técnicas que nenhum iPhone consegue te ensinar.

Mas será que alguém ainda é capaz de lembrar que a fotografia nem sempre foi banalizada como agora?

A tecnologia evoluiu tanto nos últimos anos que parece que foi em outra vida que tirávamos uma foto com amigos ou família sem pensar na quantidade de likes que elas iriam receber depois.

A fotografia, fora do âmbito profissional, sempre teve o intuito de registrar um momento, seja ele familiar, com amigos ou mesmo sozinho. Isso continua sendo assim, o problema é que esses momentos estão cada vez mais artificiais.

Tentando explicar melhor, vamos à seguinte situação: estamos em uma praia, alguém resolve tirar uma foto. Reunimos os amigos, alguém conta uma piada pra todos saírem sorrindo, o outro que estava longe volta correndo para aparecer na foto, alguém pula no meio da galera, derruba bebida, chuta a areia, enfim, uma bagunça. Por mais estranha que essa foto possa ter saído, ela registrou um momento verdadeiro. Antigamente a foto seria revelada, colocada num quadro e anos depois esse grupo de amigos teria histórias pra contar: a do cara que pulou no meio da galera e derramou bebida em todo mundo, a do cara que correu para sair nela, a piada – provavelmente sem graça – que foi contada, etc.

Mas e hoje? O que acontece depois de tirar essa foto? Todos se levantam e pedem “deixa eu ver?”, e sempre tem um pra dizer “Ah, tira outra? Não gostei”. Em seguida outra foto é tirada, todos saem lindos, sorrindo, com caras de feliz. Mas o sorriso é forçado, não foi por causa daquela piada que contaram antes da primeira foto, o momento é artificial, é montado. Não tem sentimento, não tem histórias. Tem likes.

Queremos um mundo com mais filmes de 12 poses, com fotografias mal reveladas, com o dedo na frente da lente. Pelo menos contávamos aos outros o que vivíamos e não vivíamos para contar aos outros.

Jaderson Cassiano – C&M Propaganda

A Itubaína e suas roupas.

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Roupa retrô faz venda de Itubaína subir 58%
Essa é uma manchete do IG Economia em Janeiro de 2013.
Que a nova Itubaína é um sucesso, todo mundo já sabe. Todavia, o que poucas pessoas sabem, ainda, é que de nova ela não tem “quase” nada.
Em meados de 2006, no planejamento da Schin, surgiu uma ideia: Por que não lançarmos um produto novo?
Uma ideia no mínimo agressiva para o mercado naquela época. Apesar de ser apenas uma “marolinha”, o Brasil também participava da crise econômica mundial.
Mesmo assim, é na crise que surgem boas ideias – basta ler a edição Nazismo S/A da Super Interessante e entender do que falamos.
Mas, “ideia nova” nem sempre significa “produto novo”.
Em um determinado momento do planejamento, alguém extremamente “iluminado” (rs), teve a seguinte ideia: Por que, ao invés de lançarmos um produto novo, não fazermos mais do mesmo?
Entretanto, COMO? Simples, reativar o sensorial e o saudosismo dos consumidores.
(Ok. Nem tão simples assim).
Surge, assim, a Itubaína retrô.
A Itubaína, produto que na época completava seus 52 anos, esteve presente na infância de várias gerações. Passando inclusive pela “Geração Coca-Cola” e, mesmo assim, sobreviveu. Era o produto perfeito para ser retransformado em sucesso, porém, era necessário descobrir o que fazer com o produto para que ele fosse sensação. Foi assim que a tecnologia se aliou ao sabor.
O produto, o mesmo. Contudo, a embalagem foi refeita. Criou-se uma garrafa com vidro especial, proteção UV a fim de conservar as características do produto, tais como sabor, coloração e aroma. Já no rótulo, usar traços de épocas passadas com ferramentas dos dias atuais.  Dentre muitos outros.
O produto estava pronto. E agora? Agora é necessário lançá-lo. E o apelo foi emocional. Os números não negam. Funcionou.
Onde quero chegar? Não foi simplesmente a “roupa”. Foi o conjunto da obra. Um produto de qualidade, um corpo todo trabalhado e, aí sim, a roupa. Uma roupa pensada. Não aquela roupa de ficar em casa. Mas aquela roupa em que – geralmente, mulher – fica-se horas e horas em frente ao espelho pra decidir qual usar. O homem – muitas vezes estressado – aguarda. No entanto, o resultado quando ela aparece, é sensacional. Ele só não repara que, foram meses na academia, horas no salão, entre outros, pra que aquilo tudo fosse real.
Logo, não é simplesmente a roupa. São os estilistas. E, temos orgulho em dizer que, nós fizemos parte desse grupo seleto de estilistas.
Nosso sócio, Celso Caramarac, foi o responsável pela “academia”, pelo corpo, pelo filtro solar, e pela roupagem que, a propósito, ficou sensacional.
E, para quem viu o resultado e falou “UAU”, bebeu e pensou “Que Gostosa”, e na gôndola do mercado colocou no carrinho e pensou “Ê lá em casa”. Só temos um recado:
“Sabe de nada!”

Abiezer Lopes – C&M Propaganda

Bom, rápido, barato e talvez eu queira.

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Seja um jardineiro para cuidar do jardim de casa ou uma agência de propaganda para criar campanhas da empresa que administra: é assim que a maior parte dos consumidores pensa quando procura por um serviço qualquer.

Sempre levei em consideração a regra do “bom, rápido e barato”. É uma regra simples de entender: se o resultado de um serviço que você contratou foi bom e rápido, dificilmente terá sido barato. Se foi rápido e barato, não deverá ter sido bom. E se foi bom e barato, provavelmente não foi rápido.

Mas, com o passar dos anos, a relação empresa-consumidor sofreu mudanças. A empresa, que antes tinha um produto ou oferecia um serviço que era vendido com facilidade, agora se viu em um oceano vermelho, sendo obrigada a procurar as mais diferentes formas para se destacar, criar novas estratégias e investir mais para se sobressair. Do outro lado, o consumidor, que antes tinha de sair de casa para procurar algo que precisava, agora recebe diariamente milhares de malas diretas, folhetos, flyers, anúncios digitais, visuais, audiovisuais e até sensoriais. Ele percebeu que estava sendo “disputado” e passou a criar critérios para decidir entre a, b ou c. Criava-se então o consumidor exigente, que sabia o que queria e exigia um produto ou serviço de qualidade.

A princípio, o cenário descrito acima era o que esperávamos de um sistema capitalista. A demanda existia e a oferta deveria ser feita cada vez mais de formas diferentes, inovadoras. Tudo isso contribuiria para o crescimento da sociedade.

Essa era a teoria. Na prática encontramos consumidores que querem produtos ou serviços mas sabem pouco ou nada sobre eles, passando a exigir tanto que acabam prejudicando o mercado.

Por exemplo: uma dona de casa precisa de reparos em seu jardim. Ela liga para dois jardineiros, um oferece seus serviços por 100 reais e não apresenta nada de novo, o outro cobra 200 e diz estar no mercado há mais de 10 anos, que possui uma técnica diferente para cortar a grama e garante a qualidade do serviço. Ela opta pelo de 100 reais, afinal está economizando 100 reais.

Após isso se repetir várias vezes, aquele que cobrava 200, não consegue mais vender seu serviço por este valor, então passa a vender por 100. Ele agora precisa vender duas vezes o seu serviço para ganhar o que antes ganhava vendendo apenas uma. Em outras palavras, para que ele não tenha prejuízos, ele precisa agora fazer duas vezes seu trabalho no tempo em que antes fazia um. O resultado? Um serviço mais barato, e malfeito.

Só que aí a dona de casa se irrita, pois o serviço foi malfeito: tanto o do que cobrou 100 reais antes, que tem um serviço de baixa qualidade, como o do que antes cobrava 200, mas que agora cobra 100, porém não tem o tempo necessário para realizar o serviço da maneira correta. Ela passa, então, a ligar para outros jardineiros e encontra um iniciante, que tem qualidade mas que cobra apenas 75 reais, pois está começando e trabalha sozinho. Entenda que, a partir daí, o serviço “bom, rápido e barato” passa a ter o preço estabelecido em 75 reais, menos da metade do que era antes.

Sobre essa situação vemos um ciclo em que ninguém sai ganhando: o jardineiro mais experiente e que tem qualidade cobra metade do valor que deveria. O jardineiro que cobrava mais barato, e com menos qualidade, agora tem de vender seu serviço a um valor menor que os 75 reais, já que este agora é o preço para um bom serviço. E o jardineiro iniciante, que um dia irá crescer, ter novas contas para pagar, irá se ver em um mercado descontrolado, criado por ele mesmo.

 

Entenda: o consumo deve ser incentivado e a competição entre concorrentes é sempre saudável. Mas ver e entender como o mercado funciona antes de oferecer ou comprar um serviço é essencial para que todos saiam ganhando.

Agora a parte curiosa: percebam que, quanto mais falamos sobre a variável “barato”, temos a impressão de que transformamos a variável “bom” em algo supérfluo. E é aí que mora o perigo. E é isso que tem de mudar, e de preferência “rápido”.

 

Jaderson Cassiano – C&M Propaganda

 

Outubro Rosa

 

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Ano após ano, o movimento Outubro Rosa vem se tornando mais forte no Brasil. O movimento, que se iniciou nos Estados Unidos como uma ação da American Cancer Society com indústrias farmacêuticas, recebeu nos anos 1990 o ícone do laço rosa e conseguiu o apoio de diversos países pelo mundo.

A C&M faz questão de entrar na onda, começando pela nossa própria comunicação visual.

No Brasil, empresas como Avon e Estée Lauder, e a ONG Susan G. Komen aderiram ao movimento, fazendo este se tornar ainda mais conhecido. A Gol também aderiu, adesivando duas de suas aeronaves com o ícone Rosa. Segundo informações do site Meio & mensagem, outras empresas reforçam o movimento de conscientização. A Mahogany dedica 1% das vendas dos produtos das seis linhas de rosas da marca, durante o mês, ao projeto De Bem com Você – a beleza contra o câncer, coordenado no Brasil pela Abihpec. Já a Philips Healthcare patrocinou show gratuito para iniciar a ação em Salvador (BA). A Bombril comercializará chaveiros alusivos à campanha e as “Pulseiras do Bem”, da ONG Orientavida; a renda financiará palestras educativas, carretas com mamógrafos, que oferecem exames em cidades do interior e acompanhamento de pacientes em tratamento. O hospital A.C. Camargo convocou as heroínas da Liga do Rosa a espalhar informação em unidades das franquias Amor aos Pedaços e Applebee’s.

O movimento está cada vez mais forte, porém ainda estamos longe de atingir o ponto em que estão os Estados Unidos por exemplo. A NFL (National Football League) e a NBA (National Basketball Association), apoiam fortemente a causa, mudando logotipo, e inserindo o selo rosa nas bolas de jogo. Os jogadores utilizam peças do uniforme na cor rosa, como luvas, toalhas, etc.

Vamos todos compartilhar essa ideia e fazer com que o movimento se torne ainda mais forte no Brasil.

#outubrorosa